segunda-feira, novembro 28, 2005

Para onde vai o quarto poder? II

Há algum tempo eu inventei o "press leftismeter", um instrumento para medir o grau de esquerdismo dos jornalistas. É simples: quanto menos entende de economia, mais esquerdinha é o sujeito. Fora do jornalismo, muita gente que não entende nada de economia não é de esquerda, mas na mídia esse é um termômetro que costuma funcionar bem. Isso explica por que 99% dos jornalistas culturais brasileiros são de esquerda. Como não sabe nada sobre economia, o sujeito que escreve sobre cinema marginal soteropolitano ou sobre arte experimental no Capão Redondo encontra na crueldade do neoliberalismo e na opressão do capital financeiro dois grandes aliados para tornar seus textos mais engajados. Outro sintoma claro do esquerdismo na imprensa cultural é debitar tudo o que há de ruim no mundo, de unha encravada a prisão de ventre, na conta de George W. Bush. Eu também não gosto de Bush, mas suspeito que nem tudo o que ocorre de errado na Terra seja culpa dele ou dos EUA. O Ruy Goiaba já notou, por exemplo, que o Sérgio Dávila acredita que tudo o que acontece nos EUA se deve ao "neoconservadorismo da era Bush"

PS: Sim, eu sei que muitos jornalistas econômicos são de esquerda, o que poderia indicar que é falso o princípio de que o sujeito é mais esquerdinha quanto menos entende de economia. Essa objeção é bobagem. Ou você acredita que jornalista econômico no Brasil entende de economia?



sexta-feira, novembro 25, 2005

Pseudando IV

Mesmo sendo agnóstico, eu sempre segui o conselho do pouco conhecido filósofo Anacleto de Avignon: "Goza calado e sofre em voz alta, para que o justo se apiede de tua dor e o ímpio não inveje teu prazer"



quinta-feira, novembro 24, 2005

Pseudando II

Sei não, Arranhaponte. Para mim, abstinência é destino



terça-feira, novembro 22, 2005

As grandes epidemias de nossa época

Aids? Gripe aviária? Que nada. A virose e o stress são as grandes epidemias deste começo de século. Vá a qualquer médico de convênio e diga que você tem algum problema intestinal ou está com febre. O diagnóstico é fácil: virose. Se o problema é no estômago ou na coluna, é fácil: stress. E essas chagas do mundo moderno muitas vezes atuam em dupla. Se você está com stress, a sua resistência diminui e pronto: acaba pegando uma virose. O stress parece especialmente perigoso e traiçoeiro, porque pode justificar de problema gástrico a traumatismo craniano - afinal, se o sujeito atingido pela bigorna estivesse menos tenso, não estaria tão avoado e teria escapado do objeto que lhe amassou os cornos. Sempre que tenho que recorrer a um médico de convênio e me deparo com esse tipo de diagnóstico sutil e inteligente, eu começo a torcer fervorosamente para que chegue o dia em que o último médico seja enforcado nas tripas do último advogado



Em defesa do argumento rasteiro II

A resposta ácida é realmente a melhor a estratégia para uma polêmica. Em vez da desconstrução de parágrafo por parágrafo do argumento alheio, uma frase ferina é muito mais eficaz, além de ser mais divertida. Essa excessiva seriedade nas discussões em blogs é um pouco entediante, para dizer o mínimo. Acho que, desde que não se xingue a mãe do adversário ou se levantem suspeitas - infundadas - sobre a sexualidade do debatedor, ofensas gratuitas têm um charme irresistível. É o caso da famosa discussão entre Churchill e Lady Astor. "Sir, you are drunk", disse Lady Astor, ao que Churchill respondeu: "Yes, madam, I am drunk, but tomorrow I will be sober, and you will still be ugly". Um professor meu também usou tática semelhante ao ser questionado duramente por uma colega. Na discussão, ela passou vários minutos desmontando cada argumento dele, reclamando ainda que ele dissera um palavrão. "Que coisa horrorosa", se indignou a bruaca. O meu antigo mestre não teve dúvidas, lançando mão de um raciocínio sofisticado para encerrar a questão: "Você não entendeu nada do que eu disse, e horrorosa é você". Assim não fica mais divertido?



quinta-feira, novembro 17, 2005

Pelo fim do acaju

Eu sempre fui um humanista. Perdi a conta das vezes em que discuti com meu pai sobre a pena de morte, atacando a idéia com veemência. Nos últimos tempos, porém, cheguei à conclusão de que a pena capital pode e deve ser adotada como punição para um tipo de criminoso hediondo: o homem que pinta o cabelo, principalmente se a tintura escolhida for o acaju. Confesso que hesitei antes de tornar a idéia pública. Estaria eu propondo uma medida muito radical e desproporcional ao crime cometido? Bastaram alguns minutos de transmissão de uma das sessões do Senado para perceber que a proposta é não apenas sensata como indispensável. A imagem do senador José Agripino Maia vale mais do que mil palavras. Se você não se convenceu, veja esta foto do Jáder Barbalho. Pela minha experiência, a maior parte dos sujeitos que pinta o cabelo não é confiável, para dizer o mínimo, e uma parcela razoável é formada por escroques mesmo. Eu sei o que muita gente vai dizer: "Ah, mas eu tenho um tio tão bonzinho que pinta o cabelo". Eu também tenho, e nem por isso vou desistir do projeto. Livrar o mundo das cabeleiras tingidas é uma bandeira pela qual vale a pena lutar. Eu me sinto tentado inclusive a usar o argumento de meu pai em favor da pena de morte. Quando eu digo a ele que existe o risco de se matar um inocente, ele rebate com ênfase: se você matar 1.000 inocentes para cada culpado, ainda assim a pena de morte terá cumprido sua função! Não vou tão longe como meu pai, mas acho que a eliminação de um ou outro bonachão com o cabelo acaju não é suficiente para tornar menos tentadora a perspectiva de um mundo capilarmente mais bonito, sem agripinos nem barbalhos



quarta-feira, novembro 16, 2005

Baixando a crista II

Para quem, como nós, pensava estar na vanguarda do achincalhe ao Brasil, o site mostrou que realmente temos muito a melhorar. Mas ninguém poderá dizer que este não é um blog tipicamente brasileiro. Como em quase todas as atividades no Grande Paraguai, alguém de fora faz melhor o que deveria ser a nossa especialidade. Que pelo menos o nível de esculhambação do site nos sirva como referência



segunda-feira, novembro 14, 2005

É preciso pensar grande II

O Mercoguai só não reinaria absoluto no mundo da contravenção, do crime organizado e da pirataria devido à concorrência do bloco africano (o nome poderia seria algo como Allblack ou Afta - African Free Trade Area). Se bem que, com a experiência de Brasil, Paraguai, Argentina e Uruguai, o Mercoguai tenderia a ganhar fácil dos africanos em termos de contrabando e falsificações em geral. Mas é necessário reconhecer as vantagens comparativas dos nossos afroconcorrentes em áreas como o mau uso do dinheiro de instituições multilaterais e nas mutilações corporais em massa. O genocídio caiu em desuso na América Latina, mas continua na moda no continente de Ruanda, Serra Leoa, Libéria e Moçambique (como eu estou esquecendo de muita gente, quem quiser pode ajudar a aumentar a lista). Imagino também as exigências para entrar no Allblack. Em vez de um teto para o déficit fiscal, como na União Européia, eles tendem a adotar um piso percentual para a população adulta com aids. Quem tiver menos de 18% dos adultos sem aids não entra. Como se sabe, é necessário algum tipo de harmonização quando se criam blocos econômicos



sexta-feira, novembro 11, 2005

Pirataria no grande Paraguai III

Lula poderia aproveitar a polêmica com o Paraguai sobre a origem do foco de febre aftosa e tomar uma decisão histórica: entregar voluntariamente a soberania ao país guarani. Essa nossa pretensão de seriedade, de querer liderar a América Latina, não combina com o Brasil. Nossa verdadeira vocação é ser um Paraguai com dimensões continentais. Para que lutar contra o destino? Nós deveríamos aceitá-lo alegremente. É verdade que há o risco de o Paraguai não concordar com a idéia. Nós temos pouco a oferecer, mas pelo menos o enorme litoral deve sensibilizá-los. Uma saída para o mar é o sonho paraguaio há anos. Lula poderia entrar para a história se encampasse esse projeto. E eu ficaria feliz. Afinal, eu sonho há tempos com o meu passaporte paraguaio



quinta-feira, novembro 10, 2005

Pirataria no grande Paraguai

O combate à pirataria é uma prioridade do governo, como sabe qualquer sujeito que ande pela Avenida Paulista ou pelo centro de São Paulo. Os camelôs vendem apenas CDs e DVDs originais e, tenho certeza, pagam impostos em dia. Para mostrar seu empenho nessa luta, o governo emitiu há alguns dias mais um sinal de que reduzir a pirataria é realmente prioridade. Num vôo recente no aerolula, o Guia Genial viu uma cópia falsificada do bergmaniano 2 Filhos de Francisco. Quem duvidava que o governo fazia o possível para reprimir a pirataria ficou sem argumentos depois dessa história. O episódio deixa claro que, com um pouco de esforço, nós conseguiremos atingir o nivel de sofisticação de um país que deveria ser nosso modelo. É claro que eu estou falando do Paraguai. Um país em que o carro de um presidente era um BMW roubado no Brasil não está para brincadeiras. A gente ainda chega lá



segunda-feira, novembro 07, 2005

Sim, roubamos, e daí? IV

O problema da corrupção no concurso da morena do É o tchan é mais grave do que se imagina. Afinal, se há armação na edição atual, quem pode garantir que também não houve picaretagem nas anteriores? Parece irrelevante, mas e se a Scheila Carvalho, por exemplo, foi escolhida num concurso viciado? Acho que muitos brasileiros prestaram homenagens a ela na suposição de que Scheila Carvalho é uma gostosa honesta, que venceu um concurso difícil por seus próprios méritos. Se houve corrupção na escolha de Scheila, um bando de masturbadores éticos pode ter comprado gato por lebre. Esses caras vão reclamar no Procon? Eles vão ficar de mãos vazias

PS: Isso mostra que fazer justiça com as próprias mãos não é mesmo um bom negócio



Sim, roubamos, e daí? II

Eu sempre condenei a visão de que o brasileiro é mais corrupto ou mais ladrão do que os outros povos. Estereótipo auto-depreciativo que não leva a nada, pensava eu. Por que condenar a priori um povo alegre e brincalhão, malandro e malemolente, como cleptomaníaco? Um acontecimento recente, porém, mostrou que eu estava errado. Não, não estou falando do mensalão ou de qualquer outro escândalo político. Na semana passada, num desses programas de auditório de alto nível intelectual, descobri que nem mesmo uma das instituições brasileiras mais respeitadas é imune à corrupção. Para quem não sabe, o concurso para a morena do É o tchan está sob suspeita de ser um jogo de cartas marcadas. Eu confesso que fiquei chocado. Como ficam as ilusões de milhares de gostosas brasileiras, que têm em concursos como esse a sua única esperança de melhorar de vida e de mostrar o que têm de melhor? Você diz que uma Justiça eficaz pode reduzir o impacto negativo sobre a economia da cleptomania do brasileiro. Mas como confiar nos Judiciário de um país em que até mesmo juízes do concurso da morena do É o tchan estão sob suspeita? Senhores, a crise é realmente grave



sábado, novembro 05, 2005

Amazônia: modestas propostas VI

A Amazônia também ocupa uma parcela do território da Venezuela. O comandante Hugo Chávez poderia aproveitar e vender também a parte deles. Com o dinheiro do petróleo e o da venda da Amazônia, ele poderia acelerar a revolução bolivariana e mandar mais uma grana para ajudar o titio Fidel. Deixo a sugestão para a diplomacia venezuelana, como prova de boa vontade com o país vizinho

PS: Quando eu vejo o tocador de maraca em ação, com atitudes maduras e sensatas como a que você mencionou, lembro que tudo é realmente relativo. Perto dele, o Guia Genial é quase um estadista



sexta-feira, novembro 04, 2005

Amazônia: modestas propostas IV

O irônico é que teria sido muito mais fácil agradar os ianomâmis do que o governo imaginou. Acho que desperdiçaram 94 mil quilômetros quadrados de território amazônico. Na verdade, não seria necessário nem mesmo arrumar meia dúzia de gostosas. Como sabem contar apenas "um, dois e muitos", três gostosas ou seis gostosas dariam no mesmo



Amazônia: modestas propostas II

Vender a Amazônia é uma grande idéia. Se bem trabalhada pelos marqueteiros, terá o apoio da elite e das massas. O slogan me parece óbvio: "A Amazônia é deles". Honestamente, eu consigo pensar apenas em argumentos a favor da venda. Sem ter de cuidar de um território tão grande e tão inóspito, algo muito além de nossa competência, o Brasil poderá desenvolver plenamente suas potencialidades, que não são das mais brilhantes. Eu vejo três grandes vantagens na venda da Amazônia:

1) Com o uso integral do dinheiro da venda para reduzir a dívida pública, os juros cairiam mais rápido

2) O número de deputados e senadores diminuiria. Se a venda incluir todo o território do Pará, Jáder Barbalho se tornaria imediatamente estrangeiro. Sem mencionar que Hildebrando "serra pessoas" Paschoal também seria gringo

3) Os ianomâmis deixariam de fazer parte do Brasil. Com isso, o chatíssimo assunto "república ianomâmi" não seria mais um problema brasileiro, o que não é pouca coisa. Os ianomâmis, pelo pouco que sei sobre os costumes do povo, têm uma noção de matemática bastante sofisticada, contando "um, dois e muitos"

Como se vê, há argumentos econômicos, políticos e étnicos para o projeto. Quem sabe esse não é um bom tema para um plebiscito em 2006?



quinta-feira, novembro 03, 2005

O havanoduto XI

Emir Sader, sempre esse homem fatal! Não podemos deixá-lo de lado, você está certo. Olavo de Carvalho e Mangabeira Unger têm pelo menos a desculpa de serem inimputáveis, ressalva que não cabe a Sader. Seus artigos são curiosos. De um texto publicado na Folha no mês passado, escolhi este trecho para mostrar o mundo em que vive o brilhante professor: "Tenta-se desqualificar o arcabouço histórico da esquerda, responsável pelos melhores momentos da história da humanidade, em nome de comportamentos que significaram o abandono desses valores e a adoção de métodos e políticas de direita". É difícil discordar de Sader quando ele diz que a esquerda é responsável pelos melhores momentos da história da humanidade, principalmente se você for genocida. A URSS de Stálin, a China de Mao e o Camboja de Pol Pot são de fato alguns dos capítulos mais belos da história da humanidade. Sader também é fã da Cuba de Fidel Castro e da Venezuela de Hugo Chávez. Ouvi dizer que, em sala de aula, ele tem dificuldade de se equilibrar nas patas de trás, mas isso me parece maldade de direitistas raivosos



O havanoduto IX

Olavo de Carvalho e Mangabeira Unger têm muito em comum, mas eu me vejo forçado a fazer justiça com o primeiro. Olavo é muito mais engraçado. Os seus textos pelo menos são divertidos. Os de Mangabeira Unger, embora também sejam lunáticos, são apenas enfadonhos. Tentei selecionar algum trecho de seus artigos para publicar por aqui, mas decidi não fazê-lo, para não afugentar nossos 3,5 leitores. Mas reconheço que o Mangabeira é divertido quando fala. O seu sotaque compete com o do Henry Sobel. A questão é que o ex-guru do Ciro Gomes é brasileiro



quarta-feira, novembro 02, 2005

O havanoduto VII

Eu reconheço que Olavo de Carvalho tem seus bons momentos. Como humorista, ele é quase insuperável. Em 2002, Olavo escreveu que "o poder avassalador da esquerda norte-americana, que hoje torna os EUA o maior centro difusor da revolução marxista no mundo, permanece completamente ignorado entre nós". Eu confesso que não tinha percebido. Acho que ele poderia tentar uma vaga no Programa do Didi e, quem sabe, ajudar a ressuscitar a carreira de Renato Aragão. Outra possibilidade seria Olavo se arriscar nos próprios EUA, onde vive hoje, como stand up comedian. Eu adoraria vê-lo em ação, alertando os americanos do perigo vermelho que toma conta do país. Em pouco tempo, seria um sucesso nacional, dando entrevistas semanais ao David Letterman



terça-feira, novembro 01, 2005

O havanoduto V

Eu sempre fico na dúvida se o Mangabeira Unger é o Olavo de Carvalho da esquerda ou se o Olavo de Carvalho é o Mangabeira Unger da direita. Afinal, tirando as diferenças ideológicas, os dois têm muito em comum. Se não fosse a idéia em voga de que o melhor tratamento para a saúde mental é integrar os loucos à sociedade, os dois estariam trocando figurinhas no Pinel ou no Juqueri há um bom tempo



O havanoduto III

Eu nunca tive dúvidas de que a vida em Cuba não é a coisa mais agradável do mundo, mas o José Dirceu passou o atestado de que a situação por lá está realmente preta. Se for cassado, o companheiro cogita passar um tempo em Harvard. Como conhece Cuba como poucos, em nenhum momento ele pensou em curtir uma temporada na Universidade de Havana.
Aliás, essa história de político brasileiro ir para Harvard depois de uma derrota ou de uma cassação vai colocar em risco a reputação da universidade. O Ciro Gomes fez isso uma vez, há alguns anos. Será que uma instituição como Harvard não deveria pensar duas vezes em aceitar o Dirceu? Se bem que eles parecem pouco preocupados com a imagem. Se dessem importância para isso, o Roberto Mangabeira Unger não seria professor por lá há tanto tempo



O havanoduto

Depois do ouro de Moscou, os dólares de Cuba. A história é rocambolesca demais e parece realmente fantasiosa, mas de qualquer modo o foco da discussão está errado. Em vez de se cogitar a cassação do registro do PT e o impeachment do Guia Genial, o certo seria exigir o fim do PC cubano e a deposição de Fidel Castro. Afinal, num país miserável como Cuba, que vende o almoço para pagar o jantar, US$ 3 milhões não é uma quantia de se jogar fora. Para ter uma idéia do poderio do tigre caribenho, o país tem reservas de US$ 736 milhões e exportações anuais de US$ 2,1 bilhões. Na pindaíba em que Cuba se encontra, dar US$ 3 milhões para ajudar o companheiro José Dirceu deveria ser motivo suficiente para levar o titio Fidel ao paredón
PS: Reflexão cretina, mas irresistível. O código de Cuba na Internet é cu. Acho que não há código mais apropriado para um país do que esse



Nossos Warren Buffetts IV

Grande idéia. Imagino um ciclo de ações radicais perpetradas pelos defensores do ajuste estrutural das contas públicas. A ameaça de explosão do prédio da Fiesp se os subsídios ao empresariado reclamão não forem suspensos em uma semana. O assassinato de governadores que não cumprirem a lei de responsabilidade fiscal. O seqüestro de Marilena Chauí e Emir Sader, exigindo como resgate a cobrança na universidade pública de mensalidades dos alunos que podem pagar. Com esse tipo de ação, eu tenho certeza que burocratas cinzentos terão todas as mulheres a seus pés. A outra opção é usar as táticas da esquerda festiva para atraí-las à causa, o que me parece mais difícil. Ou você acha que estudantes de comunicação e psicologia participariam de um abraço à Lagoa, numa manifestação pela queda mais rápida da dívida pública?



Autores

* Marcos Matamoros
* F. Arranhaponte


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