Academia? Que nojo
Vocês viram o Oscar? Eu assisti. Foi brega e chato, mas eu sempre vejo até o fim. Como quase sempre, ganhou um filme meia boca. Dos cinco, Crash era o pior concorrente. Até a história dos caubóis que dão ré no quibe é melhor (para testar minha heterossexualidade, aliás, fui ver o filme sozinho, no Frei Caneca, e chorei no final. Algum problema? Vai encarar?) Mas voltando a Crash. O filme é divertido, não ofende a inteligência, mas não é nada demais. O roteiro exagera no cruzamento das várias histórias, e há um uso excessivo de “música dramática para emocionar o espectador”.
Mas eu não levo o Oscar a sério, fiquem tranqüilos. Como levar a sério um prêmio em que o melhor filme do ano não é nem indicado a melhor filme? É claro que estou falando de Ponto final, de Woody Allen, um filme adulto, que fala de assuntos adultos de uma maneira adulta. O filme trata com profundidade de questões como acaso e culpa, nunca de modo aborrecido. Os diálogos são impecáveis. É bom ou quase tão bom como Crimes e pecados. Ah, e tem a Scarlett Johansson. Parece que tem gente que não gosta dela, principalmente em Campinas, Pelotas e Brokeback Mountain. Eu não entendo, mas respeito quem não goste.
Em resumo, ganhou quem não merecia e quem merecia não foi indicado. Mas isso não é o maior problema do Oscar. O pior são os jornalistas e cinéfilos que falam “academia”. Eu não suporto. “Ai, será que dessa vez a academia vai ser ousada e premiar um filme corajoso e sensível como O segredo de Brokeback Mountain?” “Ai, a academia adora premiar atores ingleses”. “Ai, como será que a academia vai reagir ao neoconservadorismo da era Bush?” Quando eu ouço alguém falar assim, acreditem: eu fico com nojo
Mas eu não levo o Oscar a sério, fiquem tranqüilos. Como levar a sério um prêmio em que o melhor filme do ano não é nem indicado a melhor filme? É claro que estou falando de Ponto final, de Woody Allen, um filme adulto, que fala de assuntos adultos de uma maneira adulta. O filme trata com profundidade de questões como acaso e culpa, nunca de modo aborrecido. Os diálogos são impecáveis. É bom ou quase tão bom como Crimes e pecados. Ah, e tem a Scarlett Johansson. Parece que tem gente que não gosta dela, principalmente em Campinas, Pelotas e Brokeback Mountain. Eu não entendo, mas respeito quem não goste.
Em resumo, ganhou quem não merecia e quem merecia não foi indicado. Mas isso não é o maior problema do Oscar. O pior são os jornalistas e cinéfilos que falam “academia”. Eu não suporto. “Ai, será que dessa vez a academia vai ser ousada e premiar um filme corajoso e sensível como O segredo de Brokeback Mountain?” “Ai, a academia adora premiar atores ingleses”. “Ai, como será que a academia vai reagir ao neoconservadorismo da era Bush?” Quando eu ouço alguém falar assim, acreditem: eu fico com nojo
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