Lula e La Rochefoucauld III
O Brasil é um país curioso. Até há pouco tempo, a maior parte das pessoas no que têm curso superior considerava o cúmulo do preconceito comentar o despreparo do Lula. Em 2002, eu quase fui linchado algumas vezes por dizer que ele era semianalfabeto (viu como posso ser condescendente?) e que não tinha condição de comandar o país. A esmagadora maioria dos jornalistas, por exemplo, sempre foi fã de carteirinha do Lula – não estou falando dos donos dos jornais ou revistas, mas dos repórteres. Não é o que acha o Bernardo Kucinski, que escreve para o Guia Genial uma resenha diária do que a imprensa publica sobre o governo. Numa entrevista à Agência Repórter Social, ele diz “os jornalistas não têm respeito com a pessoa do Lula. Há sempre há um pressuposto de que ele vai falar besteira, vai errar, de que ele não conhece as coisas, usando como parâmetro um conceito de saber que é acadêmico. O Lula sempre foi tratado com discriminação e desrespeito”. É interessante que o sujeito encarregado de comentar o que a imprensa diz sobre o Lula não tenha a menor idéia do que se passa nas redações. Alguém deveria contar a ele que, nas eleições de 2002, o Guia Genial foi ovacionado por repórteres ao visitar uma agência de notícias
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