Ao mestre, com carinho III
Matemática não é o forte do brasileiro. Nossos estudantes se saem bem mesmo é em testes que avaliam a capacidade de interpretação de textos. Ressalto aqui o resultado do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), divulgado em dezembro de 2000. O Brasil ficou em 32.º lugar num teste em que participaram estudantes de 15 anos de 32 países (os 29 da OCDE mais Brasil, Rússia e Letônia). Na época, Paulo Renato Souza, que ocupava o ministério da Educação, disse que o “nosso desempenho não foi trágico”, o que levou o dr. Pangloss a lhe recomendar moderação no otimismo.
Alguns detalhes sobre o Pisa mostram que a situação dos estudantes brasileiros não é realmente das mais brilhantes. Segundo um artigo do jornalista Gilmar Piolla, o teste divide o desempenho médio dos alunos em cinco níveis de proficiência, e o Brasil foi o único a ficar no nível 1. Para piorar, 23% dos brasileiros não conseguiram nem atingir esse nível, que inclui os estudantes com dificuldade para completar tarefas simples de leitura, como localizar uma informação ou identificar o tema principal de um texto - mais ou menos o que ocorre com o Lula.
Mas talvez eu esteja sendo muito pessimista. Um outro professor da ECA, o Joaquim, quase tão sábio como Sansão, dizia sempre: “Ainda bem que existem problemas, porque, sem eles, não existiriam soluções”. Nem Poliana faria melhor
PS: Eu sei que é difícil acreditar, mas esse mestre é português
Alguns detalhes sobre o Pisa mostram que a situação dos estudantes brasileiros não é realmente das mais brilhantes. Segundo um artigo do jornalista Gilmar Piolla, o teste divide o desempenho médio dos alunos em cinco níveis de proficiência, e o Brasil foi o único a ficar no nível 1. Para piorar, 23% dos brasileiros não conseguiram nem atingir esse nível, que inclui os estudantes com dificuldade para completar tarefas simples de leitura, como localizar uma informação ou identificar o tema principal de um texto - mais ou menos o que ocorre com o Lula.
Mas talvez eu esteja sendo muito pessimista. Um outro professor da ECA, o Joaquim, quase tão sábio como Sansão, dizia sempre: “Ainda bem que existem problemas, porque, sem eles, não existiriam soluções”. Nem Poliana faria melhor
PS: Eu sei que é difícil acreditar, mas esse mestre é português
3 Comments:
Na verdade, matemáticos e estatísticos dão mesmo excelentes contribuições à humanidade quando dão as chances de alguém acertar na Mega Sena acumulada de R$ 40 milhões no Jornal Nacional, ou da probabilidade de o Fluminense voltar a ser um time de futebol, assim como os demais do Rio.
Mas todo esse papo para explicar o óbvio mostra que nem sempre eles entendem a sua função na sociedade organizadas: até minha frieira de estimação sabe que a quantidade de "estudantes" que escolheram a letra A é maior do que os que escolheram a B, e daí por diante, porque 98,7%, para ser preciso, chutaram. Mesmo os que acertaram. E, na dúvida, como brasileiros são otimistas e odeiam a Lei de Murphy, preferem chutar a primeira opção que vêem para não terem mais essa culpa da escolha errada que esperam corrigir a cada quatro anos.
By Anônimo, at 1:41 PM
Enfim (como começam as frases as mentes mais brilhantes que eu conheço, sempre conclusivas), isso tudo é para dizer que, se o Brasil quiser subir ainda mais artificialmente nas estatísticas sobre alfabetização, deve continuar colocando as respostas certas na letra A ou na B, no máximo, para ficar discreto, e caso um dia descubram o esquema. Brasileiro é bom de chute (pena que não tanto de trocadilho, mas esse vai...). E continuar fazendo testes de múltipla escolha, óbvio.
Mas acho que alguma mente brilhante do MEC já deve ter percebido tudo isso.
By Anônimo, at 1:53 PM
Ah, mas somos um povo tão criativo...
By mauro, at 2:34 PM
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