A insuperável clareza de nossos intelectuais II
Enfiar o Brasil no Haiti foi uma decisão brilhante de política externa. O Haiti é um daqueles casos insolúveis, como se fosse um país africano como Ruanda ou Serra Leoa incrustado na América. A comunidade internacional age como se houvesse a possibilidade de uma solução para os problemas do país, mas, no fundo, todo mundo sabe que não há.
Não, não sou especialista em Haiti, mas não me parece ousadia afirmar que é inviável um país aterrorizado por gangues, em que mais da metade da população sobrevive com menos de US$ 1 por dia, tem 53% de analfabetos e a expectativa de vida é de 52 anos. Para ficar uma merda, o Haiti tem que melhorar muito. A probabilidade de o país dar certo é tão grande quanto a de Lula saber localizar o Haiti no mapa. Em resumo, o Guia Genial nos colocou numa fria. Quanto mais cedo o Brasil saír de lá, melhor.
O mais patético é que o governo topou chefiar a missão por avaliar que isso ajudaria a conseguir uma vaga no Conselho de Segurança da ONU, entre outros motivos. Como se viu depois, ficou claro que o Brasil não vai ter a vaga - o que até é positivo. Eu nunca entendi as vantagens que o país teria se entrasse no conselho.
Quanto ao texto do Gabeira, a citação do Cazuza é realmente o ponto alto. “O tempo não pára” é uma frase que me lembra a vizinha gorda e patusca do Nelson Rodrigues, sempre dizendo: “Nada como um dia depois do outro”
Não, não sou especialista em Haiti, mas não me parece ousadia afirmar que é inviável um país aterrorizado por gangues, em que mais da metade da população sobrevive com menos de US$ 1 por dia, tem 53% de analfabetos e a expectativa de vida é de 52 anos. Para ficar uma merda, o Haiti tem que melhorar muito. A probabilidade de o país dar certo é tão grande quanto a de Lula saber localizar o Haiti no mapa. Em resumo, o Guia Genial nos colocou numa fria. Quanto mais cedo o Brasil saír de lá, melhor.
O mais patético é que o governo topou chefiar a missão por avaliar que isso ajudaria a conseguir uma vaga no Conselho de Segurança da ONU, entre outros motivos. Como se viu depois, ficou claro que o Brasil não vai ter a vaga - o que até é positivo. Eu nunca entendi as vantagens que o país teria se entrasse no conselho.
Quanto ao texto do Gabeira, a citação do Cazuza é realmente o ponto alto. “O tempo não pára” é uma frase que me lembra a vizinha gorda e patusca do Nelson Rodrigues, sempre dizendo: “Nada como um dia depois do outro”
2 Comments:
O que me entristece na história é que o Brasil não tem condições de dar o básico - segurança, educação e saúde - aos seus cidadãos, que sangram impostos cada vez maiores, mas se acha apto a arrumar a casa dos outros. Ao invés de olhar o próprio umbigo, que já seria um grande avanço, olha o bumbum da vizinha, que vergonha...
By Anônimo, at 4:12 PM
Nesse caso acho que escolheram a vizinha menos gostosa...
By Anônimo, at 6:45 PM
Postar um comentário
<< Home