quarta-feira, setembro 14, 2005

Big easy and us IV

O fato de o Emir Sader ser considerado intelectual mostra a indigência do país. Eu procurei artigos desse importante pensador, e percebi que se trata de um humorista - mas involuntário. Com muita dificuldade, selecionei apenas um trecho de um artigo intitulado "Um dia sem os economistas". "Tentemos viver um dia sem os economistas. (...) Tentemos substituí-los por gente como a gente, que priorize os objetivos sociais – nível de emprego, de salários, universalização e qualidade das políticas de saúde, educação, cultura –, em detrimento dos objetivos financeiros. Que diminua drasticamente ou desapareça com os superávits fiscais, que diminua drasticamente as taxas de juros, que eleve o salário mínimo a R$ 400, que só conceda créditos governamentais em troca de garantia de empregos e com carteira de trabalho assinada, de aumentos salariais. Gente que privilegie a saúde, a educação, a cultura, em detrimento das taxas de juros e das bolsas de valores. (...) Um dia sem os economistas se revelará perfeitamente factível e saudável. Veremos que podemos ser autônomos, independentes, felizes, sem os economistas. Comecemos agora, pelo Ministério da Fazenda e a Presidência do Banco Central, sem os economistas." O sujeito acha seriamente que é possível fazer tudo isso e, dessa maneira, levar o país a viver uma fase de crescimento, prosperidade e desenvolvimento nunca vista debaixo do sol. E ele parece pensar que os economistas ortodoxos de fato privilegiam os juros e as bolsas em detrimento de educação, saúde e cultura. Às vezes eu me pego torcendo - mas por apenas alguns momentos, fique tranqüilo - que os sonhos delirantes de intelectuais como o Emir Sader se tornem realidade. Em 72 horas - ou 48? ou 24? - eles conseguiriam quebrar o país. A culpa, naturalmente, seria da burguesia - sim, em outros artigos ele gosta de culpar a burguesia. Se você for masoquista e quiser ler o artigo completo do Emir Sader, clique aqui



Autores

* Marcos Matamoros
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